Quando se pode abandonar um Guru?

Apenas em duas circunstâncias:

PrimeiraÉ dever de alguém deixar um guru que não pode ensinar o discípulo o que ele deveria ou não fazer, e que toma o caminho errado, ou faz por causa de má associação ou porque ele é oposto aos Vaisnavas. Por conseguinte, de acordo com as regras do sastra, deve-se tomar mantras novamente de um guru Vaisnava.

SegundaSe ele foi um Vaisnava que conheceu a verdade espiritual e princípios quando o discípulo o aceitou, mas que mais tarde tornou-se um Mayavadi ou um inimigo dos Vaisnavas por influência de asat-sanga (más companhias). É dever de alguém deixar tal guru.

Obs - Não é apropriado deixar um guru cujo conhecimento é escasso, se ele não é um Mayavadi ou um inimigo dos Vaisnavas e não está apegado a atividades pecaminosas. Neste caso, deve-se respeitá-lo como guru, e com sua permissão, deve-se ir a um outro Vaisnava que é mais esclarecido, servir este Vaisnava e tomar instruções dele.

Palavras de Srila Bhaktivinoda Thakur



Como deve um Bhakta (devoto) comportar-se em relação aos seguidores de outras religiões?


Essa pergunta é respondida no Jaiva-Dharma de Srila Bhaktivinoda Thakur, cap. 8:
 
  Todos os outros dharmas (religião) que estão ou sempre irão ser propagados no mundo são outro caminho dos degraus de vaisnava-dharma, ou outra distorção disto. Não há outro dharma a não ser vaisnava-dharma. Àqueles dharmas que são passos guiando a bhakti devem ser respeitados na proporção de seu grau de pureza. Não se deve sustentar qualquer malícia pelos dharmas que são distorcidos de bhakti, mas deve-se focalizar exclusivamente no foco de suas próprias verdades devocionais. Quando o tempo estiver maduro, os seguidores de outros dharmas irão tornar-se Vaisnavas facilmente.

Como deveria alguém saber em qual dos sastras (escrituras) ter fé ?




 A fé nos sastras [escrituras] é a raíz de todas as auspiciosidades. Os sattvika-sastras são para pessoas que são imbuídas com a natureza da bondade; os rajasika-sastras são para aquelas envolvidas com a natureza da paixão e os tamasika-sastras são para aqueles absorvidos na natureza da ignorância.

 Seres humanos tem diferentes naturezas e fés de acordo com seus diferentes níveis de adhikara (elegibilidade). Acredita-se em uma particular conclusão dos sastras de acordo com a fé. Não se deve criticar ninguém, porque a fé depende da adhikara (elegibilidade) de cada um. Todos estão trabalhando de acordo com a sua própria elegibilidade e eles irão avançar gradualmente quando for o tempo apropriado.


Fonte : Jaiva-Dharma, cap. 5.


"Assim como abelha tira néctar de todas as flores, pequenas e grandes, um ser humano inteligente deve aceitar a essência de todas as escrituras religiosas."
(Srimad-Bhagavatam 11.8.10)

Onde no(a) Bhagavad-gita (A Canção do Senhor) fala em reencarnação?




"Assim como, neste corpo, a alma corporificada passa seguidamente da infância à juventude e à velhice, do mesmo modo, na hora da morte, a alma passa para outro corpo. A alma autorrealizada não se confunde com essas mudanças." (Bg.2.13) (O Bhagavad-gita Como Ele é).

"Tal como os ser vivo corporificado passa gradualmente neste corpo da infância à juventude e à velhice; do mesmo modo, a alma obtém ainda outro corpo ao advir a morte Os sábios não se confundem com tal transformação." (Bg 2.13) (Srimad Bhagavad-gita  O Tesouro Oculto do Doce Absoluto)


Madhva Muni ou Madhvacarya: o acarya da Brahma-sampradaya ou Madhva-Gaudiya-sampradaya.



    Ele estabeleceu uma classe de filosofia Vedanta chamada suddha-dvaita (dualismo puro) em seu Purnaprajña-bhasya, descrevendo três entidades: o Senhor, a jiva (ser vivo) e o mundo material, garantindo que o Senhor e as jivas são eternamente distintos.  Dizia que as jivas são servas de Deus e dependentes dEle. Madhva explica que cada pessoa molda o seu próprio karma, e que através de bhakti, podemos eliminar todo o nosso karma e voltar a posição original de servir ao Senhor no mundo espiritual. 

  Estudou os Vedas com o seu compilador, Vyasadeva, nos Himalaias. Ele era uma encarnação de Hanuman, Bhima e Vayu .


 Srila BV Narayana Maharaja: “Madhvacarya foi um discípulo direto de Vyasadeva. Cerca de 4000 mil anos haviam se passado até a época do aparecimento de Madhvacarya. No entanto, ele sabia que Vyasadeva estava vivo e que ele é eterno. Então, orou para ele em tom de súplica em Badrikasrama, dizendo-lhe, 'Eu desejo ter o seu darsana e ser iniciado por você'. Durante sua oração, Vyasadeva surgiu pessoalmente, e Madhvacarya apresentou-lhe seu desejo de ser iniciado. Depois disso, Vyasa desapareceu.”

 
 "A Madhva-Gaudiya-sampradaya também é conhecida como Brahma-sampradaya porque a sua sucessão discipular começou originalmente com Brahma. Brahma instruiu o sábio Narada, Narada instruiu Vyasadeva, e Vyasadeva instruiu Madhva Muni, ou Madhvacarya.” (Introdução do “Livro de Krishna” de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada).





  

Como o vaisnava-dharma é eterno se ele surgiu com Sri Caitanya ?


  Vaisnava-Dharma tem existido desde o exato momento do aparecimento da jiva (ser vivo). As jivas são anadi porque elas não tem início no tempo material. Tão logo apareceu o Senhor Brahma, a vibração do som védico, que é a base do vaisnava-dharma, também veio a se manifestar. Brahma foi o primeiro vaisnava. Sriman Mahadeva também é um vaisnava, como também o são todos os progenitores da espécie humana. Sri Narada Goswami, que nasceu da mente de Brahma, é um vaisnava. Isso comprova claramente que este vaisnava-dharma não é um desenvolvimento recente, mas tem estado prevalecente desde o início da criação.


(Srila Bhaktivinoda Thakur, em seu Jaiva-Dharma em 1896).

Qual a função do mundo material ?

    O universo material é criado pela vontade de Krishna, somente para facilitar o desfrute material das baddha-jivas (seres vivos limitados); ele é somente uma prisão, e não uma residência eternas dos seres vivos.

Fonte: Jaiva-Dharma, de Srila Bhaktivinoda Thakur