Por sua natureza
constitucional, a jiva é serva eterna de krsna. Tatastha sakti, a potência
marginal de krsna, transforma-se em jivas ilimitadas. A consciência de Bhagavan
é ilimitada e a jiva, atômica. Bhagavan é o amo de maya, ao passo que a jiva é subordinada
a maya.
Assim como saem diminutas centelhas ilimitadas
de uma fogueira, ilimitadas jivas atômicas e conscientes emanam de
Bhagavan. Na realidade, a jiva é, ou
baddha (presa a existência material), ou mukta (liberta dela). A jiva é uma parte
(amsha) de Bhagavan, mas deve-se compreender que espécie de parte ela é. Os
amshas de Bhagavan enquadram-se em duas categorias: svamsha (expansões
pessoais) e vibhinnansha (expansões distintas dEle). Matsya, Kurma, Nrsimha e
Rama pertencem a categoria svansha. As jivas são vibhinnansha.
Em essência, a jiva é sempre jiva – não é
possível ela se tornar brahma (o
Supremo).
Srila Bhaktivinoda Thakura parafraseia Krsna desse modo: “A jiva é eterna, esteja ela no estado liberto
ou condicionado. Quando liberta ela depende totalmente de Mim, sem manter vínculo
algum com a natureza material. Já no estado condicionado, a jiva aceita os seis
sentidos (a mente e os cinco sentidos externos [olhos, ouvidos, nariz, língua e
pele]) como sendo sua propriedade e se identifica om eles enquanto presente no
corpo material, que ela também confunde com sua identidade individual.”
Comentário de Srila Srimad Bhaktivedanta Narayana Gosvami Maharaja no seu Srimad Bhagavad-gita (13.20) (15.7).