É o ideal divino de autoentrega aos pés de lótus de Mahaprabhu. Depois que Lakshmipriya Devi, primeira esposa do Senhor Chaitanya, “morreu em separação do Senhor,” Nimai Pandit casou com Srimati Vishnupriya Devi. E quando ela tinha apenas quatorze anos, Mahaprabhu tomou sannyasa.
No Chaitanya Mangala, Lochana Dasa Thakura conta passatempos não mencionados em nenhum outro lugar. Ele narra a última conversa, especialmente tocante, que o Senhor Gauranga teve com Vishnupriya Devi na noite antes que Ele tomasse sannyasa. Numa voz embargada de emoção, Vishnupriya disse: “Diga-me, ó Prananatha (Senhor da minha vida), é verdade o rumor que ouvi de que irás tomar sannyasa e deixar-me? Se eu perder Tua associação então bem que posso acabar com minha vida bebendo veneno”. Respondendo com misericordiosas palavras gentis, Sri Gaura Raya disse: “Vishnupriya, Me és tão cara quanto à própria vida. Não há necessidade de ficares preocupada. Por favor, ouça o que estou para te dizer, pois isso irá te ajudar. A única verdade nesse mundo é Bhagavan e os Vaisnavas. Tudo o mais é ilusão”.
Seguindo uma rígida prática espiritual (sadhana), ela separava um grão de arroz para cada volta do maha-mantra Hare Krishna que cantava em seu rosário (japa). De noite, Vishnupriya cozinhava esses grãos, oferecia-os para sua Deidade pessoal de Mahaprabhu, e honrava os restos. Atualmente conhecida como Dhamesvara Mahaprabhu, a vistosa Deidade de Sri Gauranga Mahaprabhu reside na cidade de Navadvipa.