Ele era um servo ardente das Deidades de Sri Sri Radha-Gopinatha. Ele costumava oferecer todo tipo de serviço às Deidades ao longo do dia e à noite se juntava ao Harinama Sankirtana do Senhor Chaitanya, do outro lado do Ganga, em Mayapura.
Há uma árvore Bakula no pátio do templo onde Srila Thakura Saranga Dasa servia suas Deidades. De acordo com a tradição local, a árvore naquela época parecia estar morrendo, depois de ter secado significativamente. Quando o Senhor Chaitanya apontou ela para Saranga Thakura, ele simplesmente comentou: “Meu Senhor, não há esperança para esta árvore senão por Sua misericórdia”. O Senhor Chaitanya imediatamente abraçou a árvore e a reviveu com toda saúde. A árvore até hoje está forte, embora com o tronco principal oco.
Árvore de Bakula no
pátio do templo Radha Gopinath, em Mamagacchi, Modadrumadvipa
Outro nome de Srila Śāraṅga Ṭhākura dāsa era Śārṅga Ṭhākura. Às vezes, ele também era chamado de Śārṅgapāṇi ou Śārṅgadhara. Ele era um residente de Navadvīpa na região conhecida como Modadruma-dvīpa, e costumava adorar o Senhor Supremo em um local isolado na margem do Ganges. Ele não aceitou discípulos, mas foi inspirado repetidamente em seu coração pela Suprema Personalidade de Deus a fazê-lo.
Assim, certa manhã, ele decidiu: “Quem quer que eu veja, farei meu discípulo”. Quando ele foi à margem do Ganges para tomar banho, viu um cadáver flutuando na água e tocou-o com os pés. Isso imediatamente trouxe o corpo à vida, e Sri Sāraṅga Ṭhākura dāsa o aceitou como seu discípulo. Mais tarde, esse discípulo ficou famoso como Murāri Ṭhākura, e seu nome sempre está associado ao de Śrī Sāraṅga. Sua sucessão discipular ainda habita a vila de Śar. Diz-se que um templo em Māmagācchi foi iniciado por Sri Śārṅga Ṭhākura. Há pouco tempo, um novo templo foi erguido em frente a uma árvore bakula, e agora está sendo gerenciado pelos membros da Gauḍīya Maṭha.
No Gaura-gaṇoddeśa-dīpikā (172), afirma-se que Sri Śāraṅga Ṭhākura era anteriormente uma gopī chamada Nāndīmukhī. Alguns devotos dizem que ele era anteriormente Prahlāda Mahārāja, mas Śrī Kavi-karṇapūra diz que seu pai, Śivānanda Sena, não aceita essa proposição.