A jiva tem a sua própria siddha-svarupa. O seu nome, forma e outros atributos são inerentes a ela e são todos eternos. Dentre as várias jivas individuais, cada uma delas tem a sua própria svarupa separada. Estando encoberta por māyā, a jiva se esquece da sua identidade intrínseca. Quando por boa fortuna ela obtém sādhu-sanga e a misericórdia do Guru, māyā começa a se dissipar gradualmente e a svarupa começa a se manifestar.
Para ilustrar esse processo pode ser dado um exemplo natural. Diferentes tipos de sementes tais como a da manga, da jaca, etc. são semeadas na mesma terra na margem do rio e regadas com a mesma água do rio, recebem a mesma luz do sol e o mesmo vento, e no entanto, tipos de árvores diferentes vêm de sementes de tipos diferentes. Analogamente, tipos diferentes de frutas virão delas. Apesar de terem crescido e nutridas exatamente pelo mesmo solo, água, ar e luz solar, não é possível que todas elas deem os mesmos tipos de frutos.
Da mesma maneira, o nome, forma, aspectos corpóreos, natureza e tudo mais que são características naturais constitucionais da jiva , estão incluídas numa forma latente ou imanifesta na constituição da jiva . Pela associação com sad-guru e vaisnavas, a essência de hlādini (êxtase) e samvit (percepção/conhecimento) surgem na svarupa da jiva e então qualquer que seja a forma constitucional que a jiva possua, ela começa a ser revelada gradativamente.
No Prema Bhakti Candrika está declarado:
'sadhane bhavibe jaha siddha dehe paibe taha'
"O siddha deha apropriado é alcançado de acordo com o humor que é cultivado no estágio da prática."
Isso deixa evidente que sādhu-sanga auxilia na manifestação da svarupa da jiva, mas sādhu-sanga não pode mudar sua svarupa.
Palavras de Srila Prajñana Kesava Maharaja.