Vrnda Devi |
Tulasī, desta forma, foi para os Himalaias onde permaneceu por 10.000 anos. Nos primeiros 3.000 anos ela apenas se alimentou de frutas e folhas. Nos próximos 2.000 anos só comeu o que caia por perto dela. A seguir, por 4.000 anos somente bebeu água. Então, por 1.000 anos somente viveu de ar. Após esses 10.000 anos, o Senhor Brahmā, o criador do presente Universo, se manifestou para ela e indagou sobre o que desejava.
Sudama e Krsna |
Ela respondeu a Brahmā que a única benção desejada era ter o Senhor Kṛṣṇa (em sua forma de Nārāyāṇa/Viṣṇu) como esposo. Entretanto, isso Brahmā não pode conceder de imediato. Mas somente sob a condição dela primeiramente se casar com o Rei Śaṅkacuda, que não era outro senão Sudama, um dos pastorzinhos de vacas amigos de Kṛṣṇa em Goloka Vrndavana, que também havia sido amaldiçoado por Śrīmati Rādhārani para vir para o mundo material.
Śaṅkacuda teve de atuar como um demônio e dificilmente poderia ser morto, pois havia recebido do Senhor Brahmā um amuleto de Kṛṣṇa, o sarva-mandala-maya que o protegeria enquanto sua esposa se mantivesse fiel a ele e ele possuísse o amuleto. Dessa forma Śaṅkacuda torna-se muito poderoso e conquista todos os mundos dos deuses (devas) que reclamam ao Senhor Viṣṇu de seus atos.
Portanto, para cumprir a Sua função de manter a ordem cósmica, o Senhor Viṣṇu se disfarça de um brahmana e pede em caridade o amuleto de Śaṅkacuda, que o concede de bom grato. Então Viṣṇu se transforma na forma de Śaṅkacuda e vai ter com Tulasī que dessa maneira perde a sua castidade sem o saber. Aproveitando isso, o Senhor Śiva mata Śaṅkacuda com seu tridente e joga seus ossos no oceano, que então se transformam em conchas (śaṅka). Sudama, então liberto, volta para Goloka Vrndavana.
As Śalagrama śilas e todas as formas de Viṣṇu e Kṛṣṇa são adoradas sempre com ofertas de folhas de Tulasī.